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Rio é a capital em que se leva mais tempo no trajeto: em média, 47 minutos. Depois de SP, Salvador é a 3ª cidade com maior tempo de deslocamento

A mobilidade nas grandes cidades virou um desafio. Em São Paulo, esta semana foi de muitos acidentes que causaram transtornos no trânsito.
Um caminhoneiro parou na Marginal Pinheiros para socorrer o colega que teve um pneu furado. Foi o suficiente para mobilizar dois funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego, a CET.
Nas vias congestionadas de São Paulo, qualquer acidente prejudica o trânsito de boa parte da capital.

Foi o que aconteceu nesta quinta-feira (24) quando uma carreta com 40 toneladas de sabão líquido tombou na Marginal Pinheiros. A cidade teve 435 quilômetros de filas.

Segundo a CET, depois do acidente se passaram nove horas para a liberação total das pistas para os carros.
A explicação para a demora é que a empresa dona da carreta não retirou a carga do local e foi preciso acionar a subprefeitura para fazer o serviço.
“A demora foi em função do quê? De um não atendimento pela empresa, que é responsável pela carga, e a nossa chegada para fazer todo o transbordo”, explicou Agenor Almeida, da CET-SP.
Segundo o município, a CET é responsável pela orientação do trânsito e a subprefeitura, pela limpeza da via.
Para um especialista a gestão do trânsito não é eficiente para evitar que qualquer imprevisto provoque centenas de quilômetros de filas. Para ele a prefeitura deveria coordenar melhor as responsabilidades de cada órgão para que possam agir com mais rapidez.
“Se alguém fizesse a gestão de sua empresa como a cidade faz a gestão das suas emergências, falia em uma semana”, afirma Sérgio Ejzemberg, professor de engenharia em transporte da USP.
Em nota, a Secretaria de Subprefeituras disse que as ocorrências registradas na cidade de São Paulo são monitoradas 24 horas por dia por um centro de controle integrado.
A CET afirma ainda que só pode mexer num caminhão acidentado depois que a seguradora da transportadora faz a vistoria. Na quinta-feira (24), o acidente com o caminhão carregado de sabão líquido ocorreu pouco depois das 3h, mas a seguradora só chegou ao local às 9h30, quando o veículo foi desvirado e retirado da pista.

Hoje, mais da metade das famílias brasileiras tem carro ou moto.


E uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o tempo médio de deslocamento de casa para o trabalho é de 30 minutos. Mas cresceu o percentual de brasileiros que levam mais de 1 hora para chegar ao trabalho.

O Rio de Janeiro em que a pessoa leva no trajeto casa-trabalho: em média 47 minutos diários
Na capital fluminense, um projeto de revitalização da Zona Portuária – região com grande movimentação de veículos – prevê a demolição do Elevado da Perimetral em 17 de novembro. E já no dia 2 ele será totalmente interditado. Mas a dúvida dos motoristas é como ficará o trânsito na região após as mudanças.

Salvador é a terceira cidade com maior tempo de deslocamento casa-trabalho no país.
Na capital e Região Metropolitana, o número de trabalhadores que levam mais de uma hora de casa para o trabalho  dobrou: de 8,3% para 17%. Só fica atrás de Rio de Janeiro e São Paulo. São 42 milhões de baianos que usam o transporte público por mês.

O ônibus ainda é o principal meio de transporte. Isso porque há 13 anos as obras do metrô ainda não foram concluídas. Entre os estados brasileiros, a Bahia tem a quarta menor frota de veículos: só 36% dos lares têm carro ou moto.

Na Região Sul é o contrário: o problema é o excesso de carros nas ruas. Mais da metade das casas tem carro na garagem.

Paraná e Santa Catarina estão entre os estados mais motorizados. No Paraná, 68% das casas têm pelo menos um veículo na garagem. Em Santa Catarina, esse número é ainda maior: 75%. Por outro lado, os estados do Norte e Nordeste apresentam os menores índices de motorização.
A pesquisa apontou ainda que o carro é o tipo de veículo mais usado nas áreas urbanas. Já na área rural, as famílias preferem as motos.
Em quatro anos, o número de famílias com veículo cresceu quase 9%. E o resultado disso: trânsito complicado, congestionamentos, e muita paciência dos motoristas, principalmente nas cidades grandes.
A pesquisa também tratou do acesso ao transporte público. Em Belo Horizonte, o vale transporte chega justamente a quem menos precisa.


A pesquisa mostra que cerca de 40% dos trabalhadores têm algum auxílio transporte. Mas os empregados com renda per capta menor que meio salário mínimo representam os menores percentuais que recebem o benefício. E é essa classe que está no mercado informal.

Por isso, ela não é beneficiada pela lei que determina que a ajuda com o transporte deve ser destinada a empregados com carteira assinada que têm mais de 6% do salário comprometidos com o deslocamento casa-trabalho.
Os empregados com renda acima de um salário mínimo são os que têm maior acesso ao vale transporte.





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